sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Instinto coletivo

A vida da gente é tão estranha. As vezes a gente simplesmente acha que está tudo bem, eu tenho essa mania. Por vezes me faço de forte na frente dos outros. Estou sempre dando força pra todo mundo, sou sempre aquela que tem uma palavra alegre nos momentos difíceis aos amigos queridos. Não faço pensando em trocas ou para ser agradável, mas porque sou assim e não consigo me colocar de maneira diferente. 

Sinto que preciso de um carinho, de uma frase solta mesmo que não faça sentido algum me faria melhorar. Não dá pra ser forte sempre!

Espero que aprenda rápido. Tudo que eu queria agora era uma bebida bem fote um maço de cigarros e o vento gelado do mar cortando meu corpo.

Tinha algumas coisas pra falar, mas precisava desabafar mesmo que seja comigo mesma. Eu me dou força. Aposto que amanhã estarei fazendo piada desse textinho patético e revelador. O que é??? Você não passa por momentos ruins? Meu bem eu quase subi no telhado!!!!! Não sei se sinto raiva do infeliz, pena.... se jogo praga ou se rezo por aquela alma perdida. Talvez ele nunca tenha tido uma palavra de incentivo ou apoio da família, talvez ele nem tenha família. Eu tive, tenho....duas mães lindas, primos irmãos, tio pai, cada um com o seu valor. Valores eu também tenho alguns, que aprendi com eles e que ensinarei para meus filhos.

É um ciclo vicioso. O Brasil é foda. A humanidade é foda. As pessoas são muito individualistas, só pensam nelas e na quantidade de dinheiro que podem ganhar, afanar, surripiar. Na hora que as pessoas tiverem um pensamento mais coletivo e ter um pouco mais de respeito umas com as outras o universo trabalhará em prol da evolução do ser humano.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Na mesma semana, um turbilhão de descobertas


Na mesma semana, um turbilhão de descobertas


Uma menina como qualquer outra. Carolina Gavino, 23 anos, tinha uma rotina normal para uma moça de 18 anos. Em 2005, ela apenas estudava. Cursava o terceiro período de jornalismo no Mackenzie, faculdade conhecida no Estado de São Paulo. Ela acordava tarde se arrumava vaidosa para seus estudos e voltava para sua casa, seu quarto. Suas amigas costumavam brincar com seu visível ócio.
A preguiça era uma característica. A jovem se sentia muito cansada sempre. Por vezes, já à noitinha, tirava um cochilo no ônibus, na volta para casa. Carol desconfiava que tinha algum tipo de patologia, já que, sentia muitas dores nos ossos da bacia. Não dava muita importância, achava que era algum tipo de problema ortopédico. Como a maioria das adolescentes da sua idade, era um pouco rebelde. “Um dia, tinha brigado com minha mãe e estava muito nervosa. Tomei um comprimido de calmante e fui deitar.” Acordou no meio da noite com tanta dor que precisou da ajuda de Fábio, seu pai, para caminhar. Na mesma noite foram para o hospital. Carol ainda tonta por conta do comprimido estava confusa e não imaginava a gravidade do problema. Talvez por “ajuda divina”, como ela mesma disse, o médico pediu um hemograma completo – após colher o sangue do paciente é feita uma análise completa para conferir o nível de plaquetas e qualidade das células – que foi feito na mesma hora.
Não é muito comum médicos plantonistas solicitarem em um atendimento emergencial um hemograma. Por esse motivo, Carol até pensou que poderia estar com HIV. Nesse momento, não entendia o que estava acontecendo e “Sentia que o chão estava se abrindo sob meus pés.”
Fábio ficou transtornado e pensou logo em ligar para seu irmão Luiz, que é médico. No início da conversa Luiz desconfiou e pediu que eles fossem até seu consultório para fazer um exame mais preciso. Carol foi submetida a um mielograma, um exame que retira uma pequena quantidade de sangue do osso da bacia, onde é “fabricado” todo sangue do organismo. Segundo Carol, “Dói muito, é o pior exame que eu já fiz.” Ao longo do tratamento esse exame foi repetido algumas vezes.

O diagnóstico

“Quando saiu o resultado do exame, o meu sangue estava com 92% de células cancerosas...Fui diagnosticada com leucemia.” A leucemia é uma deficiência do sangue em fabricar plaquetas. A característica orgânica da doença é a proliferação anormal de células na medula óssea – onde se origina o sangue – o que pode acabar por suprimir a produção de células normais. Ocasionando, popularmente falando, um sangue mais ralo, aguado e fora dos padrões saudáveis.
Ainda no hospital, a primeira coisa que Carol ouviu foi que teria que interromper seus círculos sociais e passar muito tempo no hospital, parar a faculdade, fazer quimioterapia. Foi um baque e tanto: “No começo assusta, mas aos poucos, a gente vai se acostumando com as rotinas do hospital.”
Seu pai ficou forte, mas sua mãe não reagiu bem. Márcia já passava por problemas psicológicos e nesse período desabou e entrou em parafuso. Em meio ao turbilhão de “novidades”, Carol ainda não tinha conseguido falar com seu namorado. Quando finalmente consegui, apenas choraram muito e “não sabíamos o que fazer. Ele é meu grande amor!”

Com o passar do tempo, Carol foi transferida para um dos mais respeitados hospitais de São Paulo, o Samaritano. Novamente a jovem fala em Deus: “Percebi nessa hora que existia um Deus maior”.
A primeira seção de quimioterapia foi avassaladora. A jovem sentia uma dor no corpo como se estivesse com uma forte virose. O corpo triturado, sem apetite, enjoos e diarreias. A humilhação e vergonha levou a adolescente ao fundo do poço. As seções de radiação deixavam marcas inesquecíveis na garota vaidosa que sempre se maquiava durante toda a “temporada” de hospital. Até quando as enfermeiras a ajudavam durante as crises, Carol sentia-se muito envergonhada em depender de outras pessoas para ir ao banheiro. Com o tempo se acostumou e gentilmente agradecia a ajuda, não mais se envergonhava.
Após algumas seções do tratamento radioativo, seus cabelos começaram a cair. “Todos os pelos do corpo caem.” Quis logo cortar o cabelo logo na primeira semana. Durante o banho percebeu que seus cabelos caíam aos tufos. Sua mãe tratou de comprar vários lenços para amarrar na cabeça, e mesmo no hospital, Carol não deixou de se arrumar. Estava sempre para cima com lenços à mão e maquiagem na cabeceira da cama.

As temporadas no hospital chegavam até 20 dias corridos e apenas uma semana em casa. Seu namorado, hoje marido, estava sempre ao seu lado. Contava dia após dia que a semana passasse logo, para no final de semana, visita-la. O pai de Carol não permitia que eles dormissem juntos. “Ficava só esperando minha imunidade aumentar para poder beijá-lo.” O tratamento durou sete meses de abril até novembro de 2005.

A cura, a vida, o futuro

No dia de sua alta, feriado de proclamação da República, Carol também se emancipou daquela rotina. Sentia-se preparada e madura para enfrentar o futuro. Tratou logo de ser feliz. Queria ser mãe, casar, estava pronta. Seu pai parecia uma criança feliz. Alguns meses depois da alta, em março, engravidou. “Não era hora ainda, havia cinco meses do término do tratamento.” A gravidez foi tranquila e o parto, normal como ela pretendia. Quando Daniel estava com dez meses Marcos e Carol se casaram na Igreja. Concluiu a faculdade de Jornalismo em 2009.  Hoje trabalha em uma empresa de comunicação. Cuida do seu filho, da sua casa e de seu marido. Segue sua vida ultrapassando limites, contando suas mazelas como forma de lembrar de uma passado distante, vivendo o presente e esperando o futuro.





segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Nem tudo é o que parece ser

Ir de ônibus, ir a pé. Tomar banho, ou só lavar as partes? Dar bom dia ou fingir que nem viu aquele vizinho nariz em pé.
Toda hora lidamos com escolhas no nosso cotidiano. Pensei nisso hoje pela manhã, porque tomei uma decisão séria na minha vida, na verdade ela foi tomada há 6 anos. Por ironia do destino, ele próprio tratou de me escolher. Ele decidiu por mim. Terei minhas respostas na hora certa, por hora a decisão é essa.

Nada acontece por acaso. Ninguém é de ninguém. Acho que ninguém vai entender. Tomo essa atitude egoísta e por algumas linhas não terei a preocupação de me fazer entender.

A música faz parte de mim, isso em alguns momentos é ruim. Remete e imortaliza momentos só meus (e de quem mais estivesse comigo). Tenho o privilégio de trabalhar com o que gosto. Leio centenas de jornais e ouço muitas matérias, na parte da leitura, consigo ouvir música (estou tão minuciosa). Ouvi durante toda manhã Pearl Jam. No site oficial deles é possível conferir diversas músicas tocadas em shows (http://pearljam.com/). Tenho certeza de que esse momento também será carimbado e imortalizado e toda vez que eu ouvir esse som....





Começa assim:

Pearl Jam

Black
He's a real nowhere man,
Sitting in his nowhere land,
Making all his nowhere plans
for nobody.


Agora pra todo mundo entender, inclusive eu.


Poderia ter sido lindo, poderia ter sido difícil, poderia trazer felicidade, lembranças, poderia ter deixado um rastro de arrependimento.

Poderia ter partido um coração. Poderia matar alguém. Poderia ter sido um tiro. Poderia ter o mar levado a minha alma. Talvez acabasse na igreja, talvez na cama ou onde acabou: em lugar nenhum.

Frases jogadas e mentiras não enganam a ninguém. No fundo a gente sente. Idiotices, inacreditáveis.

Vou te dar “muitas lembrancinhas”. Vou marcar você feito cavalo e sentir seu cheiro assim que chegar à cidade. Você estará marcada e mesmo que tente fugir, ficará sempre aquela dúvida. Será que tomei a decisão certa? Será que teria sido bom? Ruim? Sóbrio? Frio? Quente? Frio? Logo com a gente?

Você me toca como se fosse meu pai.
Um homem estranho acaba de me dizer que te viu. Ele não sabe como essa notícia me afetaria.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Olhos vermelhos

Credo! Como tem gente pequena nesse mundo! Você sai da sua casa pra se destrair e ainda tem que ouvir várias merdas e fingir que não entendeu. Cansei dessa conversinha mole, dessa inveja, dessa mania de achar que tem direito de se meter na vida alheia.

Peraí???? Sou dona do meu nariz. Pago minhas contas. E não passo a mão no telefone para fofocar sobre a vida de ninguém. Faço isso exatamente para não dar liberdade e deixar bem claro que não tenho interesse nesse tipo de conversa. Nossos pensamentos ecoam além do horizonte. Eles têm muito mais força que imaginamos. Eles atingem as pessoas da mesma maneira como foram lançados.

Sei que tenho muito para aprender. Me surpreendo sempre. As pessoas somente se mostram em forma de sentimento, em forma de olhar. Palavras são ditas, muitas vezes, com intenções maléficas, para agredir, envergonhar,  humilhar o outro.

O brilho nos olhos do pai ao ver a filha completando 19 anos e uma mãe fitando aquele ser tão pequenino que acabara de sair de seu ventre - esses sim, são olhares sinceros. Esse olhar  não engana...é puro.

Acho que essa maldade me afetará sempre. Não posso entender porque as pessoas não perdem a mania, saca? Essa maldade, essa agressão. Atinge pela arrogância vista de cima. Dessa gente que se acha no direito de usar o seu erro contra você mesmo. Pobre de quem acredita que nunca erra. Esses filhos irão crecer...hahaha... Já vi esse filme antes. Quem era julgada a cada ato de simples rebeldia adolescente, ser encarregada de aconselhar? Eu no alto dos meus 20 e pouquíssimos anos??? Acho que não.



As vezes precisamos do auxílio do outros.

Joãozinho ligou para sua amiguinha Mariazinha.

- Alô, preciso de sua ajuda.

 Prontamente, Mariazinha respondeu:

- Estamos chegando, o que tá pegando?

Se Joãozinho pediu ajuda, tem obrigação de explicar o motivo de sua falência: 

- Brigamos. O pior aconteceu, mas estamos juntos há tanto tempo, temos o direito de ser feliz.

Mariazinha com aqueles olhos cheio de maldade e do alto de sua sabedoria, retrucou:

- Que nada, tem mais que acabar logo com isso. Você não é a pessoa ideal pra ele.

Joãozinho, inocente, responde com toda sua educação.

Você acha? Ele diz me amar todas as manhãs, até quando está dormindo....serão mais 6 anos e vocês continuarão no mesmo lugar. Cada vez mais vazios.  Tem mais uma coisa: Vai tomar no @#$$%¨$#$@#@!#¨%%¨%¨&


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

EU me amo!

A gente (EU) tem um péssimo defeito de reclamar de tudo. Caraca! Como reclamo das coisas... tá chovendo, inferno! Que frio do &*%$#@! Put*&%@#!!! Que falta de grana! Ninguém me ama, ninguém me quer!! 

Galera! Vamos parando de tanta reclamação. Helouuu tem gente morrendo por aí. Tem gente que não consegue comer porque não tem dentes o suficientes na boca. Já parou pra pensar que você abre a sua geladeira e fica entre a cerveja, refrigerante ou "iorgut"? Já reparou que tem gente sozinha no mundo? Mamãe e papai morreram, irmão foi assassinado por um maluco viciado em crack.

Galera!! Parece estranho pra gente que nunca passou perrengue "brabu" de perder a família em um acidente de trânsito, ou um filho na flor de seus 20 e poucos anos por imprudência ou irresponsabilidade.Tem gente aí, bem do seu ladinho, que já passou por umas bad's trip's.

O que também não dá é morrer todos os dias depois de acordar. A angústia, tristeza, raiva e ódio trazem energias muito negativas e acabam com o equilíbrio psíquico da gente. É claro! Não faço idéia de como passaria por situações do tipo, mas tudo tem uma razão. A gente tem que passar por certas coisas não tem jeito. O grande barato é passar bem por qualquer situação.

Uma amiga disse à outra:

Buá Buá Buá!!! Amiga não sei mais o que eu faço. Sempre to errada. To tentando mudar, mas ninguém tem paciência comigo!!!

Miga! Fica assim não! Onde você está? Eu te encontro em algum lugar e a gente toma uma cerveja...rs

Não miga quero ir pra casa tomar banho


Depois de uma boa noite de sono e idéias bem organizadas na cabeça, ela disparou:

"Eu só serei feliz quando realmente me amar primeiro, estou fazendo de tudo para que isso dê certo..."


Pare de reclamar e achar que você é uma merda, ninguém é melhor que você! Se ame primeiro, assim as pessoas sentirão a sua alma e poderão te amar.

Boa sexta....

Bar?? Cerveja?? Mulatas passistas sambando??? OK! assistir uma aula da Heidy. Não tem preço!

@#$%$**&¨&¨%$$##@@#!####$
 

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sexo virtual

"A pior forma de solidão talvez seja o sexo virtual, a masturbação a longa distância...Nada mais triste que o post-coitum na internet: gozos, escape e "log off" com os orgasmos se esvaindo na velocidade da luz e a realidade manchando o papel higiênico e as mãos pecadoras." Arnaldo Jabor




Peguei como base essa frase do Jabor, que no decorrer do texto comenta um pouco sobre tecnologia e os tempos modernos, porque gostaria de abordar esse tal sexo virtual. Os jovens estão meio pirados!! Conheço de vista um menino da minha sala que tem uma cara de taradinho, saca? Ele entra na sala munido de seu "leps toptks" e simplesmente passa a aula inteira fazendo não sei o que com aquele treco aberto. Claro! Ele é um carinha de poucos amigos e pelo menos eu nunca o vi com nenhuma menina, apenas com marmanjos. Olho para aquele ser e só consigo imaginar que ele deve passar a maior parte da sua vida trancado no quarto fazendo homenagens às suas admiradoras virtuais. Acredito que todo mundo faz o que quer com as suas vidas, mas na minha humilde opinião, é um desperdício perder tanto tempo na frente de um computador.

Bom, não pretendo ser hipócrita. Livre arbítrio está aí nas mãos da gente, se é que você me entende... rsrsrs

Cada um faz o que quer da sua vida.

Uma amiga me contou uma aventura virtual e me arrancou muitas gargalhadas. Foi via “snm” (MSN). Os dois tracaram confidências, lembranças e no decorrer da conversa, foto vai, foto vem...
Nada contra, pelo contrário. Eles se amam e pelas curvas e percalços da vida estão separados. Foi uma saída de emergência.
Como sou um tantinho mais velha que meus amiguinhos de facul, acho que não se pode perder tanto tempo. Porque os cães passam mas a caravana não para. O tempo é cruel e passa muito rápido. E, gente! Desde que o mundo é mundo, sexo bom é com pegada, é carnal, é visceral.

Temos que viver cada dia como se ele fosse o último. Parece démodé, mas as máximas sempre soam démodé.


Sexo...
Me dá sexo
Eu quero sexo
Como é que eu fico sem sexo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sereníssima
(Dado Vila-Lobos/Marcelo Bonfá/Renato Russo)

Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade
Tudo está perdido mais existem possibilidades

Uma prévia de mim mesma. Um trecho de Juliana. Uma gargalhada aberta, um ombro amigo. Uma palhaça. Uma mulher, amante, sagaz, interligente, burra, esotérica, psicodélica, um ser errante, que grita, que chora, que ama e que odeia temporariamente. Não consigo odiar ninguém. Fico com raiva, mas logo esqueço e volto a ser a mesma amiga de antes. Criei esse espaço como uma válvula de escape, como um espécie de surtação. Sem críticas e sem neuras, sem leads (as vezes), sem pontos e sem vírgulas. Um desabafo.


Até mais